12º Grande Rally de Angola
NSU Typ 110 SC (Amadeu Inácio)
"Partida para o Grande Rali de Angola. Fi-lo com o Helder de Sousa. Não acabámos.
Etapa de concentração: Luanda Sá da Bandeira: mais de 1500 km com mais de 500 por estradas secundárias não asfaltadas.
2ª
etapa Sá da Bandeira até ??? penso que Lobito, mas pelas terras do fim
do mundo no interior de Angola. Ficámos certa de 200 km de Sá da
Bandeira na reserva de caça do Bikuar, depois de termos andado alguns
quilómetros pelo leito seco de um rio, sobre seixos gigantes
(seixos
são pedras redondas polidas), estou a dizer-lhe porque no Brasil podem
essa pedras ter outro nome, e ficaria sem perceber o que se tinha
passado. Depois de ter sentido uma pancada enorme no fundo do carro,
parei e fui ver o que passava. Tinha só acontecido, que a protecção do
cartes, caixa de câmbios e diferencial, tinha sido arrancada e tinha um
buraco com cerca de 10 x 10 cm no carter do diferencial o que deixava
ver o pinhão e a roda de coroa. Passado uma horas lá conseguimos
encontrar um senhor que tinha uma loja de mato em que vivia com a esposa
praticamente sozinhos. Depois de um bom duche (com balde com chuveiro
pendurado) e de uma boa refeição, carregámos o carro em cima da sua
carrinha e ele levou-nos a Sá da Bandeira.
Partiram talvez mais de 40 carros e acabaram 4, penso que todos SAAB.
O Helder é que tem mais memorizado a cena do procurar alguém, depois vir a carrinha rebocar
O
carro até à casa do senhor, o tal duche, refeição e transporte para Sá
da Bandeira. Um dia peço-lhe para ele jornalisticamente contar esse
episódio", comenta Amadeu Inácio.
Os SAAB que Amadeu se referem podem ser os que aparecem no post anterior.
Foto: arquivo de João Morgado / Gil Morgado
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